quarta-feira, 11 de novembro de 2009

"O monge budista e a ajuda"

Achei uma fábula muito interessante, que me fez pensar sobre a atuação do psicólogo.
No meu ponto de vista, esta fábula explica o príncipio terapêutico, e serve tanto para a reflexão do psicólogo quanto para a reflexão de um paciente que se comprometeu com a terapia, ou que gostaria de fazê-lo.

"Um monge budista caminhava pelas ruas de uma grande cidade, tendo ao seu lado um discípulo. Ambos avistaram um homem caído ao chão. O monge manteve o rosto impassível e seguiu seu caminho. O discípulo olhou para o mestre, olhou para o homem caído e esboçou um gesto em direção ao chão, com a intenção de ajudar o homem a se levantar. O mestre impediu e indicou-lhe para continuar sua caminhada. Caminharam em silêncio, cada qual absorto em seus próprios pensamentos. O discípulo não compreendia a atitude de seu mestre, que sempre lhe ensinou a buscar a felicidade do próximo, a ter sentimentos de fraternidade... Como entender isto agora?

Depois de caminharem algum tempo, o mestre disse: você está buscando entender o que aconteceu, vou lhe ensinar o seguinte: quando você encontrar um semelhante caído, fazendo algum esforço para se levantar, mesmo que seja movendo apenas o dedo mindinho, ajude-o, mesmo que corra o risco de quebrar a espinha, vale a pena. Se você encontra alguém caído, observe-o: se não faz nem um gesto mínimo para se erguer, deixe-o e siga seu caminho, pois certamente você quebrará sua espinha."

Referência: BAUER, S.M.F. Hipnoterapia ericksoniana passo a passo. Campinas: Livro Pleno, 2000.

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